A explosão de um meteorito sobre os céus da Rússia ocorrido na manhã desta sexta-feira, 15 - madrugada no Brasil - foi um fenômeno raro, mas que já ocorreu nos céus de Mato Grosso. Segundo o astrônomo amador Eduardo Baldaci, em 12 de Junho de 2005, uma enorme bola de fogo cruzou os céus de Chapada dos Guimarães e Cuiabá, indo cair violentamente no solo do município de Lambari D`Oeste, causando tremor de terra e susto em diversos animais do campo.
“Por dia, cerca de uma tonelada de material vindo do espaço caí sobre o nosso planeta. Como temos ¾ de água e muitas áreas desabitadas, isto faz com que raramente tais objetos possam ferir seres humanos. Um objeto do tamanho e impacto do meteorito de Lambari D`Oeste se caísse em Cuiabá, certamente traria maior estrago do que o ocorrido hoje na Rússia.”, explica o astrônomo Baldaci.
O impacto da Rússia ajudou a deixar o mundo em alerta, pois também esta prevista a passagem do asteróide 2012 AD14 há apenas 27 mil kilometros de distância da Terra, tornando-se o primeiro corpo celeste com maior aproximação de nosso planeta. Felizmente, segundo a NASA, O 2012 AD14 não irá se chocar com a Terra.
Enquanto isto, a ONU propôs a criação de uma comissão internacional para detectar a aproximação de asteróides perigosos com risco de choque com a Terra. O risco é raro, mas seria um evento catastrófico. Porém, existem 20,000 asteróides próximos da Terra, sendo 300 potencialmente perigosos.
A ONU crê que corpos com 30 a 300 metros de diâmetros serão difíceis de serem detectados e destruídos e que justamente por isto seriam necessários planos de contingência para a resposta semelhantes a outros desastres naturais.
O meteoro da Rússia pensava cerca de 10 toneladas e entrou na atmosfera na velocidade de 54.000 km/h. Com um objeto destas proporções, há um grande deslocamento de ar, causando um forte estrondo. Em Tunguska, em 1908, um corpo celeste causou devastação de quase 3 quilometros com uma energia equivalente a de 300 bombas atômicas.
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